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NOVAS FUNÇÕES E ESTRUTURA - Departamento de Meio Ambiente

São poucas as estruturas departamentais no Meio Ambiente preparadas para atuar com eficiência e lucratividade. Algumas são bem organizadas, porém grande parte moldadas em um formato convencional antigo. 



Até bem pouco, a estrutura ambiental era vista como um elefante branco. Alto custo com especialistas falando uma linguagem que ninguém entendia. Discutiam-se problemas complexos cujas soluções dependiam mais de terceiros do que dos próprios conhecimentos.



Nesta vivência de mais de 25 anos na área observamos que muitos dos problemas, desde a baixa eficiência até o alto custo departamental, têm inicio na contratação do responsável pela área.



Dois equívocos comuns.



Se a opção é por um professor ou personalidade famosa que tem vários livros editados, mas nenhum ou pouco envolvimento com trabalhos realizados, o selecionador estará privilegiando a vivência teórica acadêmica em detrimento da prática. Sem prática, nenhuma teoria funciona a contento!



Podemos lembrar também que alguns candidatos são escolhidos pelo currículo portentoso. Se ele não der certo, o background que serviu para a escolha servirá como justificativa para ter induzido o selecionador erro e evitar que ele seja cobrado.



Sem conhecer como funciona a área e suas características, e aplicando os mesmos métodos usados para selecionar as outras funções da empresa, a chance de errar na escolha do dirigente para o Meio Ambiente é muito grande.



ESTRUTURA DEPARTAMENTAL FLEXÍVEL



A nova estrutura é formatada para ser simples e buscar resultados mensuráveis, diminuir custos e trazer rentabilidade.



É composta por duas partes.



 

1. A que opera com custos fixos.



 

2. A que opera com custos sob demanda. 



A estrutura completa se apoia em cinco funções e é planejada para ser flexível. Pode encolher e retomar seu tamanho facilmente sem prejuízos para a eficiência.



Nas fases em que a empresa prevê que não haverá muitas ações a serem realizadas, poderá compactar o departamento e atuar no formato mínimo.



Considerando que bons funcionários são polivalentes e se adaptam, os funcionários dispensados na compactação podem ser reaproveitados em outras áreas, e chamados às funções anteriores novamente quando se fizer necessário retornar à estrutura original.



Entretanto, no caso de ter de se recompor a estrutura com mão de obra nova, a qualificação acontece sem problemas, uma vez que as funções, com exceção das do Coordenador, são executivas e pré configuradas.



ESTRUTURA COMPLETA



 

Equipe com custos fixos



A função do Coordenador ainda não é muito difundida entre nós. Basicamente, é a função exercida por ministros de governos, presidentes, dirigentes de empresas e de conselhos privados. São eles que recebem e concentram informações e as usam para tomar as decisões mais adequadas. Sempre consultam especialistas para fundamentar suas decisões. Deve ser bom articulador para fazer os envolvidos nas ações interagirem entre si visando chegar às soluções planejadas, no menor espaço de tempo e pelo mais baixo custo. É indispensável possuir visão pluralista mesmo que tenha formação específica. O Coordenador é o departamento.



Gestor de projetos – Administra o cronograma físico financeiro e a rede de trabalho, focado na execução de projetos. Tal como o Coordenador deve ter visão abrangente sobre as especializações envolvidas nos trabalhos e experiência em elaborar e executar fluxos, cronogramas e redes operacionais.



 Operador de triagem – Aplica protocolos – procedimentos padrões predeterminados - em todas as fases dos projetos para descobrir possíveis ocorrências negativas. Não analisa, não sugere, apenas encaminha os apontamentos para o gestor e o Coordenador que os envia para avaliação e correção de especialistas.



Secretária Executiva - Executora de ordens gerais para dar suporte à estrutura.



Equipe com custos sob demanda, terceirizada e externa



Especialistas. – Empresas e profissionais com vasto conhecimento focado em áreas específicas do conhecimento. Não é recomendada a contratação de especialistas e técnicos como funcionários fixos de um departamento de Meio Ambiente, pois fatalmente terão tempo ocioso.



Técnicos e especialistas fixos ficam desatualizados em um mercado que está em constante atualização. O agrupamento deles em empresas especializadas prestadoras de serviços, em função da concorrência, mantém os profissionais atualizados. Podemos incluir neste campo os práticos locais, que apesar de muitos não terem tido estudos formais, detém muitas vezes um conhecimento da região, que foge das especialidades.



PERFIL PARA QUEM VAI COMANDAR A ÁREA



A avaliação do candidato deve levar em conta a habilidade que ele possui em interagir com o mercado e saber negociar. Lembro que negociar é diferente de vender. Por exemplo, muitas vezes negociar-se para deixar tudo como está. Se você tem interesse em entender melhor o que é negociar na prática, siga o link:



https://www.amazon.com.br/s/ref=nb_sb_noss?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&url=search-alias%3Daps&field-keywords=livro+negro+da+negocia%C3%A7%C3%A3o



Considere que Meio Ambiente para qualquer um de nós é tudo aquilo não somos nós mesmos! Portanto, todas as ações que nos afetam interagem com o Meio Ambiente. Podemos dizer que é o todo de tudo! Não importa o título que se dê à função, ele será: Coordenador. O maestro da orquestra.



O Coordenador é o responsável direto pelo sucesso do departamento. Dele deve emanar a contratação do restante da equipe. Se a equipe falhar recontrate um novo Coordenador! Pois, a equipe será sempre o espelho de quem comanda.



Fazer um balanço periódico é importante para o Coordenador e o contratante. O Coordenador diminuiu custos? Onde e de que forma? Trouxe rentabilidade buscando parcerias e verbas externas? Trouxe mais problemas que soluções?



 A apresentação do balanço deve estar fundamentada em números de origem confiável! Palavras perdem para números.



Neste caso, aquele que dirige o departamento deve abster-se da visão única e de preconceitos oriundos da sua formação. Não pode esperar que as soluções pré-formatadas, ensinadas nos bancos universitários da sua especialidade resolvam todos os problemas surgidos, que dependem da abrangência dos conhecimentos multidisciplinares.



É importante ser capaz de entender planos de ação de forma macro, ter conhecimento para pesquisar detalhes das especialidades envolvidas nas ações, e interpretar a legislação. É imprescindível, estar acostumado atuar com fluxos, cronogramas e redes de trabalho.



Buscar soluções simples evitando o tecnicismo excessivo, bem como, impedir a criação de novas estruturas departamentais, antes de saber se estas estruturas já existem no mercado, está entre suas obrigações.



O empresário pergunta:



- Então vamos ficar nas mãos de uma única pessoa?



Caso o Coordenador tenha de ser substituído, a secretaria, que tem entre suas funções ser a guarda das rotinas, será base temporária do departamento.



ESPECIALISTAS



O profissional especializado, seja advogado, engenheiro, biomédico, agrônomo, biólogo, paleontólogo, assistente social, ou qualquer das inúmeras atividades profissionais envolvidas no Meio Ambiente, é aquele que possui vasto conhecimento, atualizado, sobre a sua disciplina de formação.



 Considerando que Meio Ambiente envolve em interação todas as especialidades, quem se apresenta como “especialista em Meio Ambiente”, por conclusão deveria possuir o conhecimento do todo de tudo. Isso é praticamente impossível.



 O especialista, que deseje coordenar precisa ter a mente aberta para os pontos de vista dos outros profissionais envolvidos. Especialistas, em sua maioria, não são bons articuladores ou negociadores, nem têm paciência para negociar ou se adequar a opiniões contrárias. Esse é o maior obstáculo para quem deseja coordenar planos de ação. Dificilmente se adaptam a função de comando, porque é difícil deixar em segundo plano um treinamento especializado obtido durante os anos da sua formação. São poucos nestas condições que conseguem se interessar pela visão macro dos problemas e nos detalhes que fogem da sua especialidade.



Imagine um engenheiro ambiental fundamentado no seu aprendizado, discutindo uma ocorrência ambiental a ser corrigida por um advogado, e se ainda, este for parte contrária, a discussão pode levar a uma lide que poderá durar anos. Enquanto se discute, o trabalho estaciona embargado. Ou ainda, com um arqueólogo, ou com uma autoridade administrativa que tem poder legal de veto e cuja interpretação, mesmo equivocada, pode retardar ou mesmo anular um projeto. E até mesmo, em alguns casos, negociar com líderes comunitários que tem o poder para obstar projetos.



COORDENADOR X ESPECIALISTAS.



O especialista e o Coordenador dependem um do outro e os dois, cada um em seu espaço, devem interagir perfeitamente. Nosso país tem inúmeros especialistas com excelente formação em todas as áreas das ciências. Mas poucos com prática, focados na coordenação de operações.



EFICIÊNCIA E RENTABILIDADE



Abaixo, um diálogo acontecido em uma reunião final para contratação de um Coordenador para a área ambiental. Entre quem seria contratado e o presidente do grupo.



 – O novo sistema proposto tem minha aprovação, mas, porque é o senhor que vai contratar os consultores especializados e eu ou um dos nossos funcionários não os contratam diretamente sem precisar do senhor? – Perguntou o presidente.



ndash; Porque, por desconhecimento, provavelmente o senhor solicitará ao fornecedor muito mais do que o necessário para resolver o problema e custará mais caro. E até mesmo o que vier de resposta poderá não servir para aquilo que a empresa necessita. Perguntas mal formuladas ou feitas de forma inconsistente para especialistas devolverão respostas equivocadas, dificultando a solução dos problemas. Da mesma forma, ocorrerá se forem feitas solicitações de acordo com a visão única, de um profissional de uma especialidade determinada, que provavelmente não levará em conta outras opiniões de profissionais de diferentes especialidades.



– Por que só o senhor saberia quais seriam as perguntas corretas se temos apenas que cumprir as leis?



– Leis, regulamentos e consensos dizem o que se deve fazer, mas não como fazer. Escolher a forma mais simples e rápida para resolver um problema ambiental depende de conhecimento de terceiros – especialistas – e da habilidade do Coordenador em juntar as peças oferecidas pelos diversos envolvidos com o problema. O Coordenador consulta o suporte de profissionais e de empresas especializadas, para saber qual o questionamento que obterá a solução desejada, pelo menor custo e mais rapidamente.



– Como o senhor saberá que as empresas e profissionais consultados serão os melhores no mercado?



– Por informações obtidas da maneira convencional, por meio de pesquisa comercial, provas de capacitação funcional, análise dos trabalhos concluídos, entre outras.



– Quanto vai custar este suporte especializado para a empresa?



– Nada, uma vez que as perguntas são feitas de forma a receber respostas com alternativas e custos para estudo, da mesma forma que seria solicitar um orçamento comercial.



– Quem garante que a resposta estará correta?



– A comparação e análise das alternativas das soluções fornecidas e discutidas, minimizarão a possibilidade de erros ou desvios. Quando contratarmos uma empresa ou um profissional para realizar um trabalho, este deverá providenciar as mesmas garantias de performance que se exige em qualquer contrato entre as partes. Muitas empresas ainda, ou possuem seguros profissionais ou podem fazer depósito em caução para cobrir eventuais falhas quando contratadas.



- Quais estruturas deverão ser criadas para atender este novo departamento?



 - A maioria das estruturas que um dirigente pode pretender criar, já existe e pode ser usada como se apresenta, ou adequada às necessidades do momento. Não é recomendável possuir estruturas próprias nesta área, pois tendem a se tornar rígidas, com alto custo fixo, ociosas e lentas. Estruturas compostas de especialistas, para uso próprio, podem ficar engessadas no conhecimento e consumir custos desnecessários, podendo se tornar obsoletas rapidamente.



- E, por fim, como o departamento pode ser rentável.



- O Coordenador na busca da solução ele aplica os princípios da ecoeficiência na sustentabilidade, que significa economizar tudo que compõe a cadeia produtiva da empresa. Existem verbas a fundo perdido e incentivos e renúncias fiscais oferecidos pelos governos para serem usadas no socioambiental, e em alguns casos a parceria com a iniciativa privada interessada no lucro, resolve problemas que poderão trazer benefícios para a empresa.



- Pode dar um exemplo deste último caso?



- Se o problema, em uma das fases da execução de um projeto for o tratamento de resíduos, haverá fabricantes de usinas interessados em uma parceria onde ele investirá na construção da usina em troca de uma garantia de que o tratamento será da sua empresa com exclusividade.  Cada fase de um plano de ação poderá ter seu custo transformado em zero ou em lucro, depende da visão comercial do Coordenador para descobrir qual o interesse dos governos e da iniciativa privada no projeto como um todo, ou em fases específicas.



Para críticas e sugestões: tome@cnda.org.br Flavio Tomé



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